NOBODY HOME
I suppose the mirror told you
That I was alive if you can call
This living. You were the last
Person that I was expecting.
I wonder whose heart he brought home
And what heroic story he spun.
Did he meet some poor peasant
On the forest path and wait
Until her back was turned or did he find
Something that was already dead and hack
Its heart out, puking everywhere, and
Thanking God that his hands were clean
And his conscience as clear as spring water
As if he hadn’t already fucked me over
By leading me into this foul, dark place?
I’ll bet he turned as pale as a geisha girl
When the mirror gave us both away.
Ha bloody ha – how did he dig himself
Out of that great big hole?
And I don’t much care that you’re at my door
Hammering like a fiend at the wood
With a knife in your hand instead
Of the nice, juicy apple and seven little men
And my prince dead in your wake.
You’re wasting your breath. There’s
Nobody home. Take a walk across the lawn,
Look in the lovely glass-house. Look
At all the flowers and cards my mourners left
Before you so rudely slaughtered them.
And for God’s sake, shut up.
My dreams are so sweet now.
I think I have earned my eternal rest.
Tracey Herd
NINGUÉM EM CASA
Suponho que o espelho te disse
Que eu estava viva se podes chamar
A isto de viver. Tu eras a última
Pessoa que eu esperava.
Pergunto-me de quem era o coração que ele trouxe para casa
E que história heróica ele teceu.
Terá ele encontrado alguma camponesa pobre
No caminho da floresta e esperado
Até que estivesse de costas ou terá ele encontrado
Algo que já estava morto e arrancou-lhe
O seu coração, vomitando em todos os sítios, e
Agradecendo a Deus por as suas mãos estarem limpas
E a sua consciência tão clara como a água primaveril
Como se ele já não tivesse dado cabo de mim
Ao guiar-me até este lugar sombrio e obsceno?
Eu aposto que ele ficou tão pálido como uma rapariga gueixa
Quando o espelho nos denunciou aos dois.
Ah maldito ah – como é que ele cavou até sair
Daquele buraco imenso?
E eu não me importo muito que tu estejas à minha porta
Martelando como um demónio na madeira
Com a faca na tua mão ao invés
Da bonita, sumarenta maçã e sete anões
E o meu príncipe morto no teu acordar.
Estás a perder o teu tempo. Não está
Ninguém em casa. Dá um passeio pelo
relvado,
Olha para a encantadora casa de vidro. Olha
Para todas as flores e cartões que os que me choram deixaram
Antes de tu tão rudemente os assassinares.
E pelo amor de Deus, cala-te.
Os meus sonhos são doces agora.
Acho que fiz por merecer o meu descanso eterno.
Tracey Herd
História do Mar e da Ria.
Há 5 anos
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