O rapaz que vive no autocarro despedaçado
Em baixo nos rochedos, perto do trilho dos comboios
Conhece todos os quilometros da grande praia
Que se curva para o castelo em ruínas
Onde se encontra o esqueleto da rapariga
Atrás de uma parede – uma parede falsa
Que apenas o rapaz descobriu
E apenas ele conhece as pedras soltas
Que saem para o deixar entrar
Para que ele possa pentear o longo cabelo vermelho
Que ainda está preso ao crânio
E ele traz-lhe o que ele encontrou
Nesse dia na praia, e ele chama-lhe
O que ela era, Princesa, até quando
Eles a aprisionaram no seu quarto
E a deixaram para a morte, sozinha
Até que o rapaz a encontrou, e agora
Ela é visitada todos os dias, e está deitada
Rodeada por destroços, coletes salva-vidas
Restos de lagosta, dois sapatos não do mesmo par
Um com um pé ossudo ainda lá dentro)
Metade de um remo, um barco de borracha
E uma escultura de Madeira flutuante que o rapaz fez
No dia em que ele achou ser o aniversário dela
Devido ao arco-íris que ele viu
A acabar no castelo, enquanto ele saia do autocarro
E ele correu cinco quilometros até ela
E o arco-íris desapareceu assim que ele lá chegou
Matthew Sweeney
História do Mar e da Ria.
Há 5 anos